Desculpa a qualidade das fotos, acabou a bateria da máquina fotográfica e tive que apelar para o celular.
Conseguimos, em cima da hora, ingressos para assistir à cerimônia. A pulseira azul é a da imprensa, a dourada é a que dava acesso ao ginásio. Na entrada, eles deram um livro muito bem feito com fotos da carreira de Michael.
Ainda aqui, esperando o tão esperado funeral de Michael Jackson. Primeiro, noticiou-se que ia ser em Neverland. E toca da gente pegar 2 horas de estrada até o famoso rancho.
Depois ficou acertado que vai ser no Staples Center Arena, o ginásio onde acontecem os jogos do Los Angeles Lakers.
Possivelmente, nesta terça-feira, enquanto acontece o memorial no Staples Center, o corpo vai estar sendo enterrado, numa cerimônia privada, num famoso cemitério aqui da cidade onde também estão sepultados Clark Gable e Walt Disney.
Não é só o funeral do Michael Jackson que acontece na cidade. Também está rolando a Anime Expo 2009, uma feira de quadrinhos e estórias, principalmente, japonesas. E só tem figura maluca, fantasiada por aqui.
Eu só consegui tirar foto de um, vestido como o Sportacus do Lazy Town. Esse aí até que está bem discreto em comparação aos outros. Dia desses, eu entrei no elevador do hotel e tinha três moleques usando aquelas máscaras anti-gás. Outro dia era um cara com avental de açougueiro e todo lambuzado de sangue falso…. essas doidices…
Quando que eu poderia imaginar, ainda bem moleque, com lá 6 anos, vendo os clipes do álbum Thriller, que um dia eu estaria em frente à casa de Michael Jackson… Ainda mais nessas circustâncias. De quinta-feira para cá, eu devo ter dormido apenas umas 6 horas no total.
Estou em Los Angeles, acompanhando o desenrolar do caso.
Essa foto aí é do Carlos Dorneles e do cinegrafista Josias Erdei. O portão ao fundo, depois da faixa amarela, é da casa de Michael Jackson. Na correria, eu esqueci minha máquina fotográfica no hotel e bati as fotos com o celular.
Algumas poucas homenagens ao cantor no muro da casa dele.
Já em Hollywood, em frente ao teatro chinês que é onde fica a estrela de Michael na calçada da fama, a polícia teve que organizar a bagunça. Além de barricadas protegendo o local onde fica a estrela, nessa calçada só se anda em um sentido e os policiais controlam a fila, para não ficar um amontado de gente em volta da estrela… Só que o mais difícil é ver essa estrela.
Ela está aí, em algum lugar embaixo das flores, cartazes, etc…
Tarde da noite, eu e um amigo estávamos na estação do World Trade Center para pegar o Path para o lado de Nova Jersei. Aparece uma japonesa completamente bêbada, comendo o resto de uma fatia de pizza, e diz que não está conseguindo achar o celular na bolsa dela, mas ela TEM CERTEZA de que ele está na bolsa.
Eu disquei (teclei?) o número dela no meu celular para ela tentar achar pelo som do toque e… ela descobriu que estava no bolso da calça. Aí ela agradeceu dizendo que amava nós dois. Eu brinquei dizendo que ela não podia amar os dois, que tinha que escolher um. Segue o diálogo.
- Ok, então de quem é o celular que ajudou a achar o meu?
- É meu – eu disse
- Então eu amo você.
- E o meu amigo?
Aí ela berrou para a estação inteira ouvir
- He? He is an asshole!
Nesta segunda-feira nós fomos fazer uma entrevista muito especial. Com alguém muito famoso e que não poderia ser entrevistado no meio da rua. Por isso, decidimos alugar o estúdio da Reuters, na Times Square. E olha quem encontramos lá:
O Lucas Mendes. É que o Manhattan Connection é gravado também num dos estúdios da Reuters.
Mas quem nós fomos entrevistar era o Helio Castroneves, brasileiro que corre na Indy, único não-americano a vencer as 500 milhas de Indianapolis por três vezes.
Na semana passada, fomos para Omaha, no Nebraska, fazer uma matéria para o Domingo Espetacular sobre uma criança de oito anos que trocou de sexo. Não fisicamente (ainda), mas ele se veste como menina e etc….. Só que escola onde ele estudava não aceitou matriculá-lo como menina, ele teve que trocar de escola, gerou polêmica…. O chato é que ninguém queria/podia falar com a gente sobre o caso.
A cidade é muito bonita. Tem 400 mil habitantes, mas, como quase todas as cidades aqui nos Estados Unidos, é uma cidade horizontal, espalhada.
Essa foto aí é uma daqueles que o Windows costurou para mim, formada a partir de 3 fotos diferentes.
É bucólico, mas tem prédios também
O aeroporto é maior e muito melhor do que de muita cidade grande brasileira, como o de Congonhas, por exemplo.
O blog ficou um pouco abandonado enquanto a Bruna e a Renata estiveram aqui. A Bruna chegou no dia do aniversário de 4 anos e rolou uma festinha.
Depois era hora de ir para a Disney
No caminho para a Disney, ainda no aeroporto aqui de NY, enquanto a gente esperava para embarcar, notei algo que não aconteceria no Brasil. Perto do portão de embarque, sem supervisão alguma, tinha uma caixa com dois compartimentos abertos. Num deles, as pessoas colocavam 1 dólar e pegavam, do outro compartimento, um fone de ouvido para usar no avião. Qualquer um poderia pegar o fone sem pagar ou, pior, pega o dinheiro depositado na caixa e ir embora.
A Bruna achou os dias na Disney foram muito divertidos, ainda mais pela presença do Tio Roberto, Tia Denir e o primo Guilherme.
O ponto alto para ela (e para o meu cartão de crédito) foi o jantar no castelo da cinderela.
Na volta para casa, uma mala foi só de bichinhos de pelúcia. Poucos comprados, a maioria ganhos naquelas barraquinhas que você paga para jogar alguma coisa e se ganhar leva um bichinho. Numa dessas barracas, você jogava uma bola (que quicava MUITO) numa mesa cheia de furos. 80% dos furos não tinha cor nenhum. 10% eram pintados de azul. 7% pintados de amarelo e os restantes 3% de branco. Ou seja, você pagava 5 dólares para ter 80% de chance de não levar nada. Comprei um tiquete para a Bruna que dava direito a quatro bolas, apesar das reclamações da Renata que já tínhamos muitos bichinhos e que os daquela barraca eram feios. Eu disse que não tinha problema, pois não iríamos ganhar nada lá. A Bruna jogou a primeira bola… ela quicou, quicou….. e caiu num buraco branco, que dá o maior prêmio. Todo mundo em volta olhando já fez um “oh”. A segunda foi para um buraco sem cor…. a terceira foi…. novamente para um branco. Aí todo mundo em volta começou a comemorar a improbabilidade disso acontecer! A Bruna levou 2 bichos GRANDES da barraca. A quarta bola deu buraco sem cor (ufa).
Aqui nos Eua, passa um anúncio do Windows de uma menina de 7 anos que tira várias fotos do quarto dela e o Windows cria uma única foto panorâmica juntando tudo.
Bom, se uma menina de 7 anos consegue, eu consigo também… tirei essas três fotos do topo da pista de Lake Placid.
A primeira eu virei para a esquerda, a segunda é o centro e a terceira é a virada para a direita. O Windows conseguiu juntar as duas últimas. Ele considerou que na primeira não havia interseção suficiente (e vamos ser honestos, não tem mesmo).
Esse foi o resultado:
Uma semana, trabalhando feito louco, com a internet do hotel sem funcionar e seguindo a equipe brasileira de Bobseld e Skeleton. Apesar de já ser primavera, lá em Lake Placid ainda estava bem frio.
Os caras são muito malucos. Passam a mais de 120km/h na parede das curvas e o traçado é estreito, qualquer descuido e batem na parede.
Mas malucos mesmo somos eu e o Celso. Fomos convidados a descer de bobsled e topamos. Olha o vídeo aí.
Eu vi até a quarta curva. Quando chegou na quinta curva, que o bobsled pegou velocidade e fazíamos as curvas no topo, eu fechei os olhos e esperei chegar o fim.
Ok, o meu vídeo não está muito bom. Dá para ter uma idéia melhor, em primeira pessoa, procurando no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=4x8nI7SaN0k&feature=related
Depois da descida, a gente ganhou da equipe brasileira uma camiseta, um bottom da CBDG (Confederação Brasileira de Desportos de Gelo) e um cartão postal. Tem também uma foto com a equipe brasileira.
Neste domingo, chegamos a Lake Placid, um pequeno vilarejo no norte de Nova York. Aqui foi palco das olimpíadas de inverno de 1932 e de 1980. Essa última ficou famosa pelo episódio do milagre no gelo quando a seleção americana de Hockey – formada por jogadores de universidades – bate a então toda-poderosa União Soviética que tinha vencido as cinco últimas olimpíadas de inverno.
Aí no fundo é o tal do Lake Placid, congelado.
Estamos aqui para cobrir a Copa América de Bobsled e Skeleton. Está servindo como preparativo para a seleção brasileira para as seletivas da próxima olimpíada de inverno, ano que vem, em Vancouver, no Canadá.
Essa foto aqui foi tirada da largada da pista de bobsled.
Só volto para NY no domingo.
Dia desses a gente foi fazer uma matéria sobre a sobremesa mais cara do mundo. É essa aí, preparada num restaurante aqui de Nova York. São usados os 28 mais raros e caros tipos de cacau além de muito ouro comestível. O ouro é usado para forrar a taça e também colocado sobre o chantilly. Na taça, tem uma espécie de pulseira de ouro que você leva para casa.
Você também leva para casa a colher usada para comer a sobremesa. De ouro, incrustrada com diamantes.
E, claro, a gente provou a sobremesa. Custa a bagatela de 25.000,00 dólares.
Entrei para um serviço bem legal que tem por aqui, o zipcar. É meio que uma locadora de carros que tem vários carros espalhados pela cidades, em vários estacionamentos diferentes.
E o melhor é que, além de ser mais barato, não tem nenhuma burocracia. Eu me associei, pago 50 dólares por ANO mais 75 por ano para não ter que pagar franquia em caso de acidente (é opcional, eu poderia não pagar esses 75, mas morreria em 500 no caso de um acidente). E recebi, pelo correio, um cartão especial. Funciona assim: pela internet, eu reservo o carro que for mais conveniente para mim. Custa cerca de 13 dólares a hora ou 110 o dia inteiro. Chego no carro, passo meu cartão em frente ao para-brisa e a porta se abre. A chave está na ignição já. Posso rodar até 180 milhas por dia e a gasolina é de graça! Dentro do carro tem um cartão de crédito para eu abastecer o carro e já deixar ele de tanque cheio para o próximo que for usar. Para trancar o carro, é só passar o cartão no pára-brisa novamente.
Imagina o da Jamaica!
Nesse carnaval eu e o Celso aproveitamos para dar um pulo na Jamaica. Foi bom fugir do frio, poder usar bermuda, chinelo e apenas uma camisa. Rolou mergulho, snorkel, tenis, volei, etc... compensei quase um ano sem fazer exercícios....
O hotel onde a gente ficou foi bem legal.
Era na região de Montego Bay, longe da capital Kingston. Montego Bay parece uma búzios piorada. A principal parte turística da cidade lembra a rua das pedras, com os mesmos bares e a mesma praia sem onda. Mas o país é muito pobre. Para se ter uma noção, assim que desembarcamos resolvemos trocar dólar pela moeda local. Sim, quem diria, a Jamaica tem dinheiro próprio, o dólar jamaicano. Sabe quantos dólares americanos eu dei para receber em troca a enorme quantia de 3.122,00 dólares jamaicanos? US$40.00... O ônibus que levou a gente do hotel até esse "centrinho" mais movimentado tinha fita K-7 tocando... e a trilha sonora, que não parou de tocar um segundo a viagem inteira, era Bob Marley...
O curioso é que, por herança da colonização britânica, lá a direção fica do "lado errado". E se na Itália tem o "prego", na Jamaica tem o "Ya, man". É a expressão usada por todos para tudo e qualquer coisa, desde ambulantes tentando vender maconha na rua até funcionários do hotel pedindo gorjeta.
Ah sim, só para manter a média, encontramos com um casal de brasileiros no desembarque em Montego Bay - o mesmo que encontramos na volta, no JFK. E encontramos um outro casal de brasileiros no mesmo hotel que o nosso.... ô raça.
Aí, no segundo dia em Buffalo, voltamos ao local onde estava a barreira policial impedindo que as pessoas chegassem perto dos destroços do avião. O carro da polícia estava lá, mas alguns carros estavam passando. Como bons brasileiros que somos, passamos por essa barreira dando um leve aceno para o guarda, como se fossemos moradores. Chegamos a uma quadra do local do acidente, onde havia outra barreira. Informei ao guarda que eu era imprensa e perguntei o quão perto poderíamos chegar...resposta:
- O mais perto que vocês poderiam estar era na primeira barreira, faça a volta e retorne para lá...
- hmmmm (que merda), ok, vou fazer o retorno mais ali...
- NÃO, faça o retorno na minha frente e volte!
(DAMN IT)
O negócio era que os carros da imprensa ainda estavam impedidos de passar pela primeira barreira, mas os moradores da região já podiam retonar às suas casas. O guarda da primeira achou que nós éramos moradores porque aplicamos a velha tática de entrar em prédios no Rio... só dar um tchauzinho para o porteiro e entrar como quem fosse dono do prédio.
Um pouco mais tarde, como somos caras-de-pau, voltamos à segunda barreira e tiramos essa foto:
Detalhe do frio em Buffalo, cortesia de um termômetro que mostrava a temperatua em Farenheit e Celsius.
Repare no tracinho antes do 4....
Eu tenho que admitir que é meio preocupante voar numa sexta-feira treze, ainda mais refazendo o trajeto de um vôo que caiu horas antes. Mas aqui estamos em Buffalo, norte do estado de Nova York, na fronteira com o Canadá (friiiiiiiiiiiiiiio), para cobrir o acidente com um avião da Continental.
Isso foi o mais perto que chegamos do local do acidente. 1 milha da casa onde o avião caiu.
Esse aí é o quartel-general da imprensa, uma biblioteca perto do local do acidente virou uma redação improvisada. Tem bem mais caminhão do que aparece na foto. Pelo menos o vôo de volta está marcado para o dia 14.
Conversa de escritório.
- Então, vamos embora (colocando as luvas)
- Ih, não precisa colocar luva hoje não.
- É mesmo, está quentinho hoje...
....
- Galera, quando a gente começa a achar que 1ºC é quentinho, é porque a situação está complicada....
Detalhe da foto do dia em que estava "quentinho"
Algumas verdades são realmente universais. Dia desses, no metrô, entrou uma mulher grávida. Após alguns segundos de indecisão, uma outra mulher, de idade, levantou para dar o assento à grávida. Os homens que estavam sentados fecharam os olhos para fingir que estavam dormindo...
Esse é o nosso ponto de vivo, num telhado em frente à Casa Branca.
Terça-feira, dia da posse, 5 da manhã, -7ºC.
E a gente entrando ao vivo no Fala Brasil, no Hoje em Dia e na Record News.
Nas ruas, a gente encontrou Don King, empresário do Boxe, que agenciava o Mike Tyson. Antigo defensor de Bush, agora ele é totalmente pró-Obama.
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